sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Alma lavada

Andando pela rua eu acabei te encontrando. Não do jeito que eu esperava, mas era do jeito que eu imaginava. Meu coração dizia para mim: vai, vai com fé que talvez seja disso que você precisa. Meu coração não falhou desta vez. Acertou em cheio e me fez entrar num estado que eu realmente precisava.

O que dizer dos últimos quatro meses? Entre um evento ruim e outro, algumas coisas boas surgiram. Amizades ou contatos mais íntimos e agradáveis, mas o sabor geral do período é amargo.

Enfim chorei. Chorei como um bezerro desmamado, como uma criança com fome, como uma mãe que perde o filho, como um coração sagrando. Mas não há cicatrizes sem ferimentos, não há cura se não houver dor. Assumo que hoje eu chorei por terríveis quatro meses. Ainda não acredito que eu passei por tudo isso sem praticamente derramar uma lágrima. Acredite, todo o bem que me fizestes, foi embora naquela manhã de domingo, 18 de janeiro de 2015. 

Naquele dia eu não chorei. Naquele dia eu quase não senti, pra falar a verdade pois não acreditava que estava passando por aquilo. A ficha caiu no dia seguinte quando acordei dolorido e pude sentir a ferida se abrindo. Se passaram 12 dias e finalmente ela sangrou. Meus olhos sangraram, minha alma sangrou. Chorei por quase 1 hora sem parar. 

Estou de alma lavada.

Agora falta secar.

Nenhum comentário: