Já prestou atenção no que você pensa enquanto anda pela rua ou vai a um shopping? Quando eu saio de casa, geralmente eu procuro pensar que será um dia perfeito. Que eu vou encontrar pessoas legais, que todos meus experimentos darão certo, que não levarei bronca da minha chefa, enfim... Procuro pensar que pode ser o melhor dia da minha vida. Aí, aquela carência que me bate todos os dias, uns com mais intensidade, outros não, também dá sua cara nas ruas. Debaixo daquele Sol escaldante, óculos escuros aprumados, lá sigo eu com minha bolsa e minha marmita para o laboratório. Aí, de repente aparece um carinha lá longe, aparentando ser interessante. As primeiras coisas que penso são: E se ele me olhar intensamente? O que faço? Não quero ficar de pegação. E se for o homem da minha vida? Se ele cruza comigo, ainda dou uma analisada no conteúdo e, se der, olho os pés. Sim eu tenho tara em pés... rsrsrs... Pfff... E começo a rir de mim mesmo... O mesmo Diogo que eu tento deixar escondido muito tempo vem à tona nesses instantes. Doido pra que uma das dezenas de pessoas que cruzam com ele todo dia desse uma oportunidade pra ele mostrar o que ele tem para oferecer. E quando vejo uma garota interessante, sabe o que eu penso? Se eu fosse hétero, pegaria essa daí e, talvez, estaria mais feliz do que me encontro hoje... rsrsrs. Ledo engano, meu amigo, onde quer que você estiver, em qual posição for, você terá que passar e viver aquilo que é necessário para o seu aprendizado. E sabe o que é engraçado? É que esses pensamentos, geralmente, passam pela minha cabeça quando estou indo para o laboratório. Deveria ser o contrário, pois na volta para casa é quando eu vou encontrar a minha companheira dos últimos meses: A solidão.
Between freedom and loneliness
Há 11 anos